Kundalini Festival 2017 – Um ponto de vista…

Mensagem do Portal: O texto a seguir é opinativo, e não necessariamente reflete a nossa visão.

Já ouvi, sábias palavras, a respeito de que em um nível projecional da consciência devemos ressaltar o bom de tudo, pois isso cria uma onda positiva na quarta dimensão que vai de encontro com o SER ou o acontecimento. A realidade pode ser dura, mas a realidade vai além dos sentidos e a projecionando estamos de certa forma mudando ela.

Jamais tirarei a razão daqueles que pagaram cento e oitenta reais, gastaram mais de dois tanques de gasolina, empenharam-se para chegarem no Kundalini Festival enfrentando muitas horas de estrada. Quem dirá dos “Baianinhos” e “Minerinhos”, ô distância! Neste caso como consumidores, temos que ter um apoio que não foi verificado e já foi esclarecido pela produção do evento. Um caso infeliz mas que compõe parte da realidade que foi esse universo que criamos.

Aos olhos dos consumidores o Kundalini pecou! Mas apenas a estes olhos !
Eu chego a pensar que festas nos Canyons de São José dos Ausentes devem ser festas ecologicamente sustentáveis, tomando muito cuidado com o lixo, e socialmente compartilhadas, ou seja, o público é quem fará a consagração, algo complexo de se organizar hoje em dia, mas não impossível! Digo isso pois é necessário se questionar. Porque o Kundalini Festival insiste em fazer Trance naquele lugar, se enfrenta tantas dificuldades?! Cheguei ao ponto supra sumo caro leitor.

O PICO!

Foto: By LeeBelula
Foto: By LeeBelula

Olha não é brincadeira, e que responsabilidade falar do lugar mágico. Pelo segundo ano pude dar a Oficina Soma da Existência onde agradeço de coração aos amigos do Espaço Tempo é Arte por terem me levado proporcionando a entrada minha e da esposa pela oficina. Aos amigos Higor, João e Luana que assumiram o gasto do gás. Logo vejam que, a Kundalini conspirou para eu estar lá, do contrário não teria condições financeiras para lá estar.

soma
Soma da Existência- Espaço Tempo é Arte- foto LeeBelula.

Eu não fui um consumidor, fui Somar, compartilhar. Não imagina voltar com tamanha bagagem , algo oculto.

A disposição do evento ficou bem melhor que do ano passado! O espaço Tempo é Arte borbulhou cultura e atividades, pois ficou bem no meio do caminho entre o chilas e a pista, quem ia dar uma descansada ficava por ali. O Main floor estava mais singelo, menor em tamanho, e o chilas parecia uma nave espacial, proporcionando aconchego do vento e um ambiente meio isolado dos canyons. O Espaço de Cura ficou tão bem retirado e estruturado para as atividades, que eu nem pisei lá!

É nas horas do Goa (nem fazia ideia que amava o verdadeiro GOA), onde Etnica e um presente de um amigo começam a me lançar diante do oculto… A psicodelia escorre de uma forma sem igual. O espaço Tempo é Arte proporciona uma rodas de discussão que jamais pude participar, onde compartilhamos conhecimentos pesados e que engrandeceram aqueles que ali estavam. A pista mágica, colocou até os produtores a dançarem que eu vi, rsss… Foi em meio a um grande download de dados que eu me perguntei, porque o Kundalini Festival existe, e ai que a brincadeira de meu amigo Gabriel me despertou, Somar para Existir! Esse Kundalini aconteceu dado a soma daqueles que ali estavam, e mesmo com todas as dificuldades. Eu olhava de longe e via aquilo tudo, e via! Sentia e projetava aqueles dias de sol, aquela psicodelia e jamais esperei tamanha informação que me foi dada.

Enquanto uns reclamavam como consumidores, pude vivenciar uma experiência cedida pela oportunidade de estar ali presente, de consagrar através de um presente , informações que assustam, complicam e fazem a cabeça doer. Notei que o lugar é surreal. Mais surreal do que os olhos conseguem enxergar.

Foto Thais Albuquerque.
Foto Thais Albuquerque.

A proposta é uma reconexão surreal com linhas internas do SER que perdemos a muito tempo. Com o UNO. O lugar possui uma energia onde o espaço tempo pode ser manipulado, e parece ser! Você vê e sente o tempo de outra forma. O Trance, ainda mais o Goa alienígena tocando, colocando a pista em uma frequência de união facilitava o Transe. Para quem acessou as frequências do lugar, esqueceu de que era consumidor, mas para outrem, notou o evento com os olhos de consumidor.

O Local transborda cristais. Dê uma mãozada na terra e o quartzo pula feito concha na praia. O Kundalini Festival deveria tomar muito cuidado para não se extinguir, pois enquanto “falha” como evento, cumpre seu papel na egrégora que se encontra, com presenças inexplicáveis, downloads de Luz surreais e muita Luz sendo canalizada por aqueles que não vão ao local consumir (entenda por Luz informação). Tudo cedido pelos queridos canyons da Pousada Ecológica. Diria eu para mudarem a proposta do evento, o tornar mais sustentável, mas é apenas uma opinião de alguém que não pisará mais no Kundalini Festival como consumidor , mas sim e apenas, como SOMADOR, pois o presente que trouxe de lá, é surreal e transpessoal.

São José dos Ausentes é um local de reconexão, e sou grato por ter um evento que propicie minha ida e o acesso a esse pulsar universal, mesmo que ele tenha que ser “embaçado” por fatos, acontecimentos e situações que não permitem o presente ser 100%, colocando o evento em Xeque-Mate!  Talvez necessários ou quem sabe o que está contribuindo na contramão!?

O Trance naquele lugar é um verdadeiro catalisador, de conexões, de amizades e que não deve ser manchados por quaisquer questões superficiais. Pois a missão é séria!