A Transição

altar-kundaliniCopyright © Triphotos @ Kundalini Festival

Que estamos na era de Aquário não deve ser novidade a ninguém, assim informações secretas, escondidas e disfarçadas estão a todo momento sendo revisadas e disponibilizadas ante a maravilhosa ferramenta chamada Internet.

No entanto não enxergo tal momento como apenas um amontoado de informação que vem a complicar ou nos por em xeque. Quando se disponibiliza informação, e falo das valiosas, se espera que um novo possa surgir, um entendimento que traga valores maiores do que aqueles até então realizados e catalogados. Terence Mckenna falava muito em que devemos buscar algo em nossas viagens psicodélicas, no momento em que ouvi tal colocação não entendi o que era dito e só hoje o compreendo.

Surge principalmente no Rio Grande do Sul uma ideia que muito me conforta e alegra, que pode ser vivenciada no festival Kundalini e em tantos outros que carregam a característica que venho expor. Existe no Brasil atualmente, pessoas que transitam em certos ambientes e se carregam da mais sagrada informação que se pode conseguir, transformando o que até então era uma simples festa de música em verdadeiros encontros transcendentais e transpessoais. Tais pessoas não são mestres, podem ser, Budhas ou como certos chamam, geralmente de forma pejorativa a “turma do Namastê”… São pessoas altamente simples que só querem transmitir o que sentem em vossas mais profundas viagens psicodélicas. E conseguem, tornando os festivais em verdadeiros centros de compartilhamento de experiências altamente válidas pra o desenvolvimento do intelecto e restauração do seu verdadeiro EU.

Como fazem?

Fazem, trazendo o astral para o festival, isso se dá através da decoração. A decoração é carregada em geometria sagrada, que só por sí carrega informações, não para mim ou você, mas para nosso subconsciente. Os altares são um espetáculo a parte, é comum pessoas de São Paulo e demais capitais não entenderem porque uma festa tem um altar com Budha e Shiva, lindas flores em frente da pikup. O nível de informação que se pode sentir em tais encontros é tamanha que as “drogas” ficam em segundo plano.

Não obstante, é cada vez mais recorrente a presença de certas “pajelanças” , dentre elas sempre encontramos amigos com bons rapés e que fazem verdadeiros rituais, outrora podemos degustar um autêntico Temazcal, a substituição de drogas por algum enteógeno como Psilocybe já é uma realidade.

Finalizamos falando dos Set Designer, como Sator Arepo e MerkabaMusic (cito os meus favoritos que vem a mente), tais xamãs concluem todo o aparato que andam tornando, ao menos aqui no Sul, simples festas, em verdadeiros locais Transcedentais de trocas de experiências; verdadeiras vivências que engradecem o corpo, a alma, e o espírito. A amizade, o carisma, a consagração é perfeita, pois tudo é UNO.

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