Antes de qualquer coisa vou afirmar categoricamente que o festival foi uma linda comemoração da psicodelia.
Minha história já começa com agradecimentos no momento de chegada onde um certo rapaz se disponibilizou a fazer inúmeras viagens (uber) para trazer os freaks de centro de Curitiba até a fazenda junto com seus parceiros. E tinha muita gente precisando.
Chegando lá, os seguranças da entrada foram muito bem humorados e simpáticos, buscaram por equipamento perigoso sem muita delongas para liberação. O camping foi a próxima boa surpresa, um lugar bem maneiro em meio a árvores nativas do Paraná, que contava também com uma estrutura coberta para abrigar algumas barracas menos preparadas em caso de chuva.
O espaço de alimentação um dos melhores que já ví, com muitas opções de comidas saudáveis, de preparo caseiro (com aquele carinho que só o Trance conhece) e com preços justos. Já os banheiros estavam cumprindo o seu papel muito bem enquanto duraram, mas algum imprevisto com o abastecimento de água impossibilitou que todos tomassem uma ducha na saída.
Quanto a decoração, era pura magia, com strings que saiam do alto das árvores. Um toten com cabeça de águia que absorvia energia das caixas e soltava em forma de raios azuis pelos olhos, o mapping no palco que por sí só foi um show de artes visuais e bruxaria de outro mundo, se transformando em um peixe psicodélico de águas profundas com 8 olhos e cores alucinantes.
Em termos de line up, o que se esperar de um festival high bpm? uma sequência cremosa onde o festival se superou com a seleção de alies para pilotar a nave psicodélica para tão distante fez com que o público deixa-se todos os impecilios de lado e dançarem como se não houvesse amanhã.
A organização do evento caprichou muito também no espaço para a criançada. O que eles não contavam era que desde cedo elas já descobriram o prazer de rolar na lama.
O resumo foi um festival onde a união multicultural falou mais alto que o ego. Gratidão ao público e a organização do Anaychay que superou qualquer expectativa.