SURYA EcoArt – Decoração & Bioconstrução Nacional

Com 8 anos de trajetória, SURYA ECOART é um dos nomes que se repete com força na cena Trance quando o papo é sobre decoração e bioconstrução nacional de alto nível. É por isso que o Trance.com.br procurou o Liano Dornelles, um do seus idealizadores, para conhecer mais sobre uma caminhada que já conta aproximadamente com 50 festivais nas costas e um grande respeito dentro do movimento. 

>Pulsar</strong> 2017 | Pinturas: Free Optics | Fotografia: Erich Sander</p><h2><strong>Da onde vocês são?</strong></h2><p><strong>SURYA ECOART</strong>: Somos do Distrito Federal – <strong>Brasília</strong>, mas hoje em dia temos integrantes espalhados por todo Brasil.</p><h2><strong>Como chegaram a trabalhar com montagem de cenografia? Foi vontade ou necessidade?</strong></h2><p><strong>SE:</strong> No ano de <strong>2009</strong> iniciamos um movimento cultural em Brasília chamado <strong>Forest Family</strong>, que posteriormente acabou se tornando uma festa grande. Tendo em vista a necessidade de montar o evento, começamos nossa jornada na área da construção/cenografia, e após alguns anos o que incialmente era nossa necessidade se tornou nosso trabalho.</p><p style=><strong>Mundo de Oz</strong> 2017 | Eucalipto e lycra | Pintura: Rodrigo Miranda |Foto: Rodrigo Pessoa Korn </p><p style=><strong>Zuvuya 2014</strong> | Bambu, tecido e videomapping | Pintura: Free optics | Foto: Kevin Giboshi</p><h2><strong>Como foi o processo de aprendizagem?</strong></h2><p><strong>SE: </strong>O processo de aprendizagem quando se começa do nada é sempre bem duro, ainda mais se tratando de construção, a técnica ainda não está apurada e o esforço é sempre maior. Ao longo da caminhada trabalhamos durante <strong>3 anos</strong> como suporte para outras equipes de decoração, o que agregou bastante experiência e a partir dali começamos a desenhar e desenvolver nossa própria arte.</p><p style=><img data-lazyloaded=><em> </em><strong>Mundo de Oz</strong> 2017  | Eucalipto e lycra | Foto: Lucas Caparroz</p><h2><strong>Em quantas festas e festivais já tem participado?</strong></h2><p><strong>SE: </strong>Difícil contar tudo desde o começo, foi bastante coisa já. Acredito que trabalhamos e participamos da montagem em torno de <strong>300 festas</strong> e <strong>50 festivais</strong>.</p><p style=><strong>Solo Sagrado</strong> 2015  | MDF e tecido.</p><h2><strong>Algum evento foi mais marcante?</strong></h2><p><strong>SE: </strong>O mais marcante de todos sem dúvida foi o <strong>Boom Festival</strong> em <strong>Portugal</strong>, estivemos lá nas <strong>2 últimas edições</strong> (2014/2016) e com certeza pelo tamanho e complexidade do festival a experiência é muita intensa.</p><p style=><img data-lazyloaded=>Anaychay 2016  | Madeira e juta | Foto: Lucas Caparroz</p><h2><strong>Como começa um novo trabalho? Vocês propõem uma ideia ou a produção de uma festa ou festival chega com um pedido? </strong></h2><p><strong>SE: </strong>Começa através de um primeiro contato, onde a gente tenta absorver quais as necessidades do evento, e quais as aspirações e desejos da produção do evento. Se baseando nessas 2 informações iniciamos o <strong>processo criativo</strong>, onde sempre temos que pensar no<strong> custo-benefício</strong> para ser <strong>sustentável</strong> para a produção, mas sem perder qualidade final.</p><p style=><span id=MODEM 2017 | Bambu e lycra | Foto: Coletiva.a.mente

Quanto mais ou menos é o tempo necessário para chegar no resultado final?

SE: Varia da complexidade e tamanho do projeto. O processo criativo exige bastante tempo dedicado a pesquisa, estudo, referências, elaboração e criação da maquete e modelagem 3D. O processo inteiro de um projeto grande pode levar de 1 semana até 15 dias.

><strong>Nibbana</strong> 2016 | Bambu e tecido</p><h2 style=O que mudou ao longo do trajeto?

SE: Muita coisa mudou. Os núcleos de produção mudaram, alguns eventos cresceram e outros deixaram de existir. Mas no geral vejo a cena do trance em um dos seus melhores momentos, muitos eventos acontecendo. O Brasil hoje tem o maior mercado da cena trance mundial. Em nenhum outro país acontecem tantas festas e festivais como temos aqui. O que me preocupa só é que com a quantidade as vezes perdemos qualidade e a competição por um espaço no mercado em alguns momentos faz com que tenhamos eventos de baixíssimo nível o que acaba sendo ruim para todos.

><span id=Terratronic 2015 | MDF e juta | Foto: Patrick Rosa

Na sua opinião, o trabalho de bioconstrução e decoração é justamente valorizado dentro do movimento? 

SE: Já foi muito mais desvalorizado, hoje em dia a maioria das produções entenderam que uma estrutura e cenografia de qualidade é um dos pilares principais para o sucesso do evento. Afinal de contas milhares de pessoas vão estar naquele local durante muitas horas. Então quanto melhor a estrutura mais confortável e incrível vai ser a experiência do público. O legado que fica do evento depois são as fotos e com uma decoração de qualidade o chamado para as próximas edições já está feito é um investimento que tem um retorno muito grande, principalmente após o evento.

><strong>Terratronic</strong> 2017 | MDF | Foto: Vitor Miceli</p><h2><strong>O que espera para o futuro da cena?</strong></h2><p><strong>SE: </strong>Espero que ela <strong>amadureça</strong> cada vez mais, que tenhamos um <strong>calendário</strong> recheado de <strong>bons eventos</strong>, que as equipes e <strong>artistas se profissionalizem</strong> e se <strong>valorizem</strong> mediante a importância do nosso trabalho para o público e todos que acompanham o mundo da música eletrônica.</p><h2><strong>Você, como parte do SURYA, tem alguma meta profissional em particular?</strong></h2><p><strong>SE: </strong>Construir o primeiro festival na Lua >}</p><p style=><strong>Pulsar Festival</strong> 2017 | Foto: Bianca Motta – Interfaces <br />
Leia a resenha feita pelo projeto <strong>Interfaces</strong> do <a href=Pulsar Festival 2017.