Trance de frente pro mar.
Florianópolis, a ilha da Magia famosa por suas lindas praias, também tem sua cena Trance. Proibidas por lei em todo o Estado desde 2003, as festas Rave são sempre um símbolo de resistência e contra cultura. Realizar eventos com qualidade de som, organização e estrutura é um desafio que requer união, e de uma dessas alianças, nasce a Floripa in Trance, tradicional festa eletrônica da Praia da Joaquina.
Na praia Joaquina durante a noite de sábado do dia 05 de fevereiro, rolou a 8ª edição da promissora Festa que já vem brindando a magia da Ilha com psicodelia. A festa que teve início às 20h, dá o start com minimal Tech, pelo Dj da Lab co produtora, Vitor Renan, seguido pelos ritmos noturnos do Zenonesque de Dj Teckmall, e Davi Bonato. Às 23h o Line chama na pegada Rave e o Progressive Trance é por conta do Dj Ohm Jalovy. Back live set, invoca o poder do fullon, para na sequência a Fullonzeira pegar pela própria idealizadora da Festa, Simone Sun, que mandou um groove de respeito, seguida por Chronica com sua Live set, e para fechar Diego Lenon, direto de Porto Alegre e Lucas Farias com um fullon night no estilo vocês que lutem para dormir agora.
A decoração ficou por conta de Barrela @barreladecor, com muito string art, cores flúor e negras dando o brilho da boa e velha psicodelia na pista. O palco teve uma mudança de lugar de última hora e ficou de costas para o mar nesta edição, devido a área coberta pelo risco de chuva, dando a vista do mar ao fundo do dj para toda a pista. Para alívio de todos, não choveu, o clima estava perfeito, fresco e a brisa do mar ventilava a pista como um presente de pachamama.
Simone Sun, Dj e produtora, iniciou o projeto em Santa Catarina com a 1ª Edição no formato Indoor que foi no dia 12 de Agosto de 2017 no Rancho do Maneca, (Rio Tavares – Sul da Ilha), onde chegou a realizar 2 eventos. Esses eventos chegaram a reunir 350 pessoas já no início das produções na ilha, pois a fama da produtora já se mudara para ilha assim como tantos gaúchos do trance tem a ilha como lar.
Em abril de 2019, a produtora Suntribe @suntribeprodutora, com 17 anos de experiência na cena underground do sul do Brasil, uni forças a Produtora e gravadora local Phantom @phantomunitrec, que a 7 anos organiza eventos e lança músicas de artistas Brasileiros para mais de 120 países, e juntos, levam o evento para o Bar e restaurante Atoa na Joa, Um espaço com um deck alto, de frente para o mar, e capacidade para cerca de 800 pessoas, e nesta edição recebeu 585, mas em outras edições chegaram ao público de até 800 tranceiros em sua casa de praia, como gostam de chamar, em tempos não pandêmicos, obviamente.
O local além de oferecer espaço estruturado de banheiros, e bares, ainda conta com sofás e mesas ao redor da pista, que dão um toque aconchegante para os que precisam dar aquele pit stop. A vista e brisa da varanda são essenciais para dar aquele ar de Festa outdoor, e possibilitar aos fumantes estarem mais à vontade.
A Floripa in Trance vem crescendo desde que levou a pista para a beira do mar. A Lab, que hoje co-produz o evento, tem por política fortalecer a cena underground local e seus djs agenciados. Valorizando também o empreendedorismo sustentável, valores os quais a Produtora Suntribe não abre mão, trazendo assim como nos Festivais, a feira mix para dentro do evento, onde é possível encontrar artesanatos e artigos relacionados à cultura alternativa e perpetuar o cunho social do movimento Trance, que não se resume a apenas uma festa, mas sim, um ensaio para um mundo mais igualitário, e amoroso.
No palco da Floripa in Trance também já passaram DJs como Pragmatix, Pierre, Gesh, Stereo Plug, e outros consagrados nomes nacionais que estamos acostumados a seguir pelos festivais Brasileiros. Sem dúvida, a cena Trance de Floripa está muito bem servida quase mensalmente com essa união.
Para a edição de abril, recomendamos que os tranceiros da ilha preparem seu kit confort Pista, para receber na ilha a poderosa mama do trance Nacional, útero abençoado que gerou Alok e Bhaskar, DJ Ekanta!
Isso mesmo, a própria @ekantajake, também sound healer, que lançou no último ano um novo álbum, vozes, com temas indígenas, trazendo toda a onda de cura pelo som para qual caminha o trance da nova era, vibe a qual Alok também segue em alguns de seus atuais projetos, afinal, a fruta não cai longe do pé.
Eu se fosse você ficaria bem ligado aqui para não perder essa, a parceria agora inclui a Trance.com.br, e quem embarcar nessa junto, sai na frente. vejo vocês na pista!