no universo Trance me deparei com a fanpage Cultura Trance. Olhando algumas postagens e imagens psicodélicas simultaneamente eu e o criador da página, o carioca de 33 anos Rodrigo Silva de Oliveira nos comunicamos. O contato foi tão na mesma hora que nenhum dos dois consegue saber quem se comunicou primeiro. Essas conexões que acontecem na vida são muito loucas e com certeza nada a ver com casualidade.
O legal dessa sintonia é que conversa vai conversa vem percebi o quão ligado ao movimento é o Rô (como gosta de ser chamado).
Ele que conheceu a música eletrônica através da rádio quando ainda tinha 15 anos, alega que hoje não vive sem. ” Trance pra mim, é liberdade, é amor, amizades, é cultura. Levo como um estilo de vida, não é apenas música, vai muito além, se tornou algo espiritual pra mim”, conclui o marqueteiro massagista.
A conversa rendeu tanto que resolvi entrevistar o figura. Então aos que se interessarem pela filosofia Trance vivida pelo Rodrigo e com certeza por muitos outros além dele, já que só em sua página criada em 2014, já possui mais de 61 mil pessoas, vale a pena dar uma conferida na entrevista que irá ao ar já no início da próxima semana.
O Encontro Fora do Tempo (EFT) é um festival relativamente pequeno, não é nem fica atrás de muito festival conceito por aí. Isso porque preza por qualidade sem focar no lucro. Talvez esteja aí o segredo, afinal tudo que é feito com amor é melhor.
Tudo começou há 10 anos quando um grupo de amigos teve a ideia de se reunir em prol da música. O tempo foi passando e mais edições foram sendo realizadas, em cada uma mais atividades, oficinas, DJs e participantes foram somando e o encontro de amigos e amigos de amigos tomou forma. E foi assim meio sem querer que foi definida uma nova maneira de se produzir um festival de Trance em Santa Catarina.
A décima edição do EFT (Encontro Fora do Tempo) reuniu 170 participantes, incluindo a equipe da produção. Para David Olinger Berndt, que já contribuiu com oito edições do evento, e explica o que mudou. “Como o período do último encontro para este foi um pouco longo, tivemos uma certa renovação dos encontreiros. Foi um evento onde unimos duas gerações de apaixonados por música eletrônica, cultura, arte e gente do bem!
Lembro da época que participei do Tandava, festival que rolou durante quatro anos seguidos em Curitiba e arredores do Paraná. A ideia central é a mesma: todo mundo paga para estar ali. Não tem “regalia” as coisas fluem no estilo “cooperativa”. Claro que se utiliza dinheiro, mas tudo com preço justo e quem quiser levar sua bebida e alimento de casa, também pode fazê-lo sem qualquer problema. Essa ideia de festival assim me agrada, sempre achei que o DJ, o VJ, o fotógrafo, o técnico de som e o cara da produção têm todos que dar o melhor de si em sua relativa área então porque não receberem igualmente? Não somos todos iguais?
Segundo David a próxima edição do EFT já sairá no primeiro trimestre de 2017. “Pretendemos fazer um pouco mais cedo do que este ano, quem sabe em março, estamos estudando os eventos nesta data e conversando com o pessoal do hotel para definir”, justifica.
Para nós dançarinos empolgados nos resta aguardar e torcer para que chegue logo a 11 edição! Mais infos: www. eft.art.br/
As famosas PVTs que bombavam há 10 anos atrás retomam a cena. Nos últimos meses em Santa Catarina elas estão presente periodicamente no calendário dos tranceiros de plantão. Vários núcleos novos surgindo, com um destaque em especial para a E-forest que começou pequena e agora já ganhou forma e se transformou em uma festa de maior porte. A velha guarda também vêem retomando seu lugar como é o caso da Curitibana Psilocybin que veio do Paraná com uma identidade sólida e continua na mesma linha sem perder qualidade. Talvez esse seja o retorno das festas mais aconchegantes, onde todo mundo se conhece e o espírito PLUR seja mais palpável. Vamos ver.
Enquanto a galera da gringa deita e rola nos “summer festivals”, a galera daqui não fica atrás e a programação segue por todo o inverno. O próximo é o Odara que acontece na Chapada dos Guimarães (MT), do dia 22 a 25 de julho.
Descobri essa palavra de origem grega durante essa semana nas redes sociais e acho que tem tudo a ver com a trajetória de quem persiste no movimento depois de mais de uma década de Trance no Brasil.
Meraki: fazer algo com alma, criatividade ou amor, colocar parte de si em algo que está a fazer.
Meraki galera! Aho!