Donos de um estilo próprio e muito característico, o projeto Djalus é reconhecido em grande parte pelas suas construções orgânicas, criadas a partir de elementos autóctones.
Nas palavras dos idealizadores, “Djalus” é um conceito tibetano que pode ser traduzido como “corpo do arco-íris” algo semelhante ao que no Ocidente é conhecido como o corpo astral.
A história do casal chileno-argentino, hoje radicado no Brasil, parece breve em relação à magnitude do seu sucesso: faz apenas dois anos que produzem projetos grandes na cena do psytrance nacional, mas já chegaram pisando forte. Sem dúvida ainda ouviremos muito falar deles e seremos testemunhos da evolução da sua arte. E por isso, que fica aqui nossa 5ª homenagem a expressão artística das almas por trás da decoração psicodélica.
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A gente tinha explorado um pouco do Land art na Faculdade de Artes, mas o desenvolvimento foi aqui no Brasil mesmo. Chegamos como voluntários em eco-aldeias e diversos festivais, pelo simples fato de viver a experiência. Não imaginávamos que íamos levar nossa arte para os eventos.
No ano 2016 fomos convidados para desenvolver um projeto próprio no Zuvuya e foi muito bem recebendo. Foi a primeira vez que materializamos algo com o que já vinhamos sonhando: o real sentimento de família. Foi uma oportunidade de mostrar realmente do que somos feitos e qual é nosso lugar nesse fractal de co-criação no qual estamos inseridos. Sentimos que naquele momento todos os sentimentos que o psychedelic atrai tomaram forma física. E partir dali as portas foram se abrindo e fomos convidados para trabalhar em outros festivais.
Surya Ecoart | Fotografias: Coletiva.a.mente
Sim, o processo é uma mistura de técnicas que já vimos trabalhando durante nossa formação em Belas Artes, o que temos aprendido com grandes amigos e mestres da caminhada, e claro, muita experimentação também.
Poderíamos mencionar alguns momentos e colaboradores decisivos: a Aldeia Outro Mundo, foi um lugar de muita exploração e aprendizados; o equipe da Surya Ecoart, com quem temos vários projetos em conjunto; o Rodrigo Miranda, um artista visionário com quem trabalhamos e admiramos muito; também o projeto Free Optics, que tem nos demonstrado que levar o arte da psicodelia a serio é possível…Em fim, tem muita gente com quem compartilhamos a criação e temos aprendido muito além do profissional.
Coletiva.a.mente
Sim, foram 26 até agora. Em 2011 começamos com o Earthdance (Córdoba, Argentina); em 2012 fizemos Festribal (Bahía Blanca, Argentina) e no réveillon desse ano fizemos Año nuevo (Isla del Sol, Bolivia).
Em 2014 estivemos no Tripantu Festival (Lago Colbún, Chile) e em 2015 também. E nesse ano, 2015, chegamos em alguns eventos brasileiros como Ritual Añaychay (Curitiba, Brasil), Shanti Festival (Curitiba, Brasil), Chakaruna (Belo Horizonte, Brasil) e Magga (Serra da Canastra, Brasil).
Em 2016 tivemos alguns festivais maiores como o Zuvuya Festival (Luziania , Brasil), e o Pulsar Festival (Cachoeira Alta, Brasil), também fizemos Floresta “Sete Flechas” (Mogi Guaçu, Brasil) e Ritual Psykovsky (Cachoeira Alta , Brasil).
Na virada do 2016/2017 estivemos no Revellioz (Aparecida, Brasil) e já depois o 2017 foi um ano com bastante trabalho, participando do Mundo de Oz (Aparecida, – Brasil), Mo:dem Pre Party (Lagoinha – Brasil), Pulsar Festival (Cachoeira Alta – Brasil), Samsara (Uberlandia – Brasil), Forest Family (Brasilia – Brasil), Pachamama Festival (Altinopolis – Brasil) e o Katayy Festival (Analandia – Brasil), finalizamdo no Universo Paralello (Pratigi – Brasil).
O 2018 começou bem, primeiro com o Zuvuya Festival (Luziania -Brasil), Pachamama Especial (SP – Brasil), Shiva Ohm (Andradas – Brasil) e esse mês fizemos o palco da mainfloor da Origens Gathering (RS – Brasil).
Gustavo Merolli
Bom, o Zuvuya foi o portal para nós, o inicio de um caminho; o Pulsar abriu novas oportunidades e posicionou nosso projeto dentro da cena do psytrance brasileiro e o Mundo de Oz foi importante porque eles acreditaram na gente para fazer nosso maior projeto até agora e nos ensinar que trabalhando com amor os sonhos são conquistados!
Coletiva.a.mente
“A experiência do Mundo de Oz foi muito linda.
Trabalhamos durante meses em cultivos de trepadeiras, hortaliças e plantas ornamentais, que depois incorporamos ao projeto” – Djalus
Mushpics FotografiaRodrigo Della Fávera, (3ª) – Mushpics Fotografia
Sim, a nossa técnica principal e o land art, onde conseguimos aplicar o que temos aprendido sobre bioconstrução em eco-aldeias da América do Sul e a modificação da paisagem com elementos próprios dele. Também trabalhamos com pintura; a nossa inspiração são as artes visionárias e experimentais. Geralmente a inspiração vem de nossas jornadas psicodélicas e o nosso contato com a Natureza. A busca por entender os padrões universais que encaminham e formam parte de uma consciência coletiva e de uma linguagem que logre nos conectar com esse fluxo, por vezes esquecido.
Marcio Cursino Photographer
Madeira (galhos), que coletamos do chão do lugar onde vamos trabalhar (e devolvemos após a celebração). Essas madeiras são sempre a essência do processo criativo de nosso trabalho e por isso elas determinam que o resultado final seja um grande mistério. Na busca de uma criação orgânica, a gente trabalha com uma ideia, um conceito e a forma final dela necessariamente dependerá do material que o local oferece. Também usamos tecidos, MDF e pintura fluorescente, através das quais trabalhamos a nossa simbologia e a identidade de cada festival.
Buscamos criar um equilíbrio entre as formas do lugar e as entidades não físicas que cuidam dele.
Coletiva.a.mente
As vezes a produção tem uma ideia bem clara do que eles querem, então levamos esse conceito à obra com a nossa interpretação. Em outros eventos, somos convidados a apresentar nosso projeto sem maiores sugestões ou limitações criativas. Sempre é um equilíbrio entre o conceito do festival e as ideias que fluem, chegando no resultado final entre 3 dias (nosso record) até 1 mês, dependendo do tamanho do projeto.
Surya Ecoart.
Sim, sendo de fora, somos muito gratos pelo recebimento do nosso trabalho aqui, tivemos muitas experiências positivas e gostamos muito do público do Brasil. As vezes a galera pode não dimensionar o que significa levar a psicodelia a sério, mas estamos no caminho de construir uma cena cada vez melhor e mais profissional. A gente faz o que tem que fazer com o maior amor possível, porque é a nossa responsabilidade com um processo interno, maior. Então, realmente o reconhecimento no é tudo para gente.
fanpage ou no instragram.
Surya Ecoart.
Estamos abertos aos desafios que o Universo traz para nós e esperamos poder honrar eles. Não vemos nossa caminhada como uma profissão, acreditamos fortemente que e uma eleição de vida, pelo que não temos um objetivo a seguir. Se trata de uma série de vitórias pessoais que nos abrem caminhos pra novos encontros e oportunidades.
Coletiva.a.menteLucas Caparroz FilmsInterfaces
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