Resenha Pulsar Festival 2018

A vontade de participar do Pulsar Festival existia, não era de hoje e já estava presente desde a sua primeira edição. Nesta última, que aconteceu entre 30 de maio e 4 de junho (2018) na Fazenda Cachoeira Alta em Ipoema – MG, essa vontade crescente se concretizou.

{ Assim falava a crew Pulsar da sua 4ª edição: 
Preview Pulsar Festival 2018 }

><img data-lazyloaded=Guilherme Dias Fotografia | Jonas Dias – Fotografia | Lisandra Mourão Fotografia

Com um line up instigante, uma paisagem incrível, uma produção séria e uma proposta de práticas integrativas, decoração e sustentabilidade alinhadas com princípios de Vida, o festival se revela um dos melhores do Brasil na minha opinião. 

Mesmo antes de iniciar a sua programação, a magia da celebração já se manifestava através da beleza divina do lugar: imponentes paredões de pedra contornavam a área do festival sugerindo que esse não seria um encontro qualquer e que havia ali muito potencial para uma experiência verdadeiramente transcendente e ampliadora de consciência.

Nisso, a arte teve um valor essencial, fosse através da decoração absurda, das intervenções artísticas hipnotizantes, das projeções surreais ou da música psicodélica em si.

><img data-lazyloaded=Lisandra Mourão Fotografia |  Peregrina Photos

A decoração contava com estruturas orgânicas e impactantes que se integravam com harmonia ao entorno; as intervenções artísticas reuniram profissionais reconhecidos que contavam suas histórias num inspirador equilíbrio entre habilidades técnicas e fantasia.

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As projeções pareciam pregar peças nos olhos de tão alucinantes e a música, foco do festival, merece um parágrafo exclusivo! Elas foram feitas pelo VJ Bang, Vj Picles a chilena VJ Nazer, com led mapiping de Gustavo Mamão Agnish e suporte do Roberto Vieira.

{ Para saber sobre projeções, confira a matéria com o Vj Bang:
Mapping: Um upgrade na experiência psicodélica }

><img data-lazyloaded=Jonas Dias – Fotografia | Guilherme Dias Fotografia | Bruno Kimura 

Nesse vídeo criado por Ricardo Kawe Fernandes e Kimberly Dreher com música do ZikOre – (“Universal Modules”), registra um pouco da experiência sensorial que a galera das projeções proporcionou no mainfloor.

Pulsar 2018 – Visuals by – Vj Picles, Vj Bang, VJ Nazer

Noites Insanas no Pulsar Festival ??comandando os visuais ao lado dos brothers VJ BANG e Valentina VjNazer ??! ?Stage Design: Sullivan Alves Art, Rennan Marcolano o e Fabio Santos?Led Mapping: Gustavo Mamão Agnish??Suporte: Roberto Vieira ?Imagens por: Ricardo Kawe Fernandes e Kimberly Dreher <3?Track ID: ZikOre – Universal Modules#UrutauVisual | #CymaticLabs | #DM7 | #Alienrec

Posted by Vj Picles on Wednesday, June 6, 2018

Com sua essência no mainstage (Cosmic Stage), o Pulsar se mostra um festival determinado em preencher a sua pista de dança com um line up abundante em qualidade sonora séria e intensa, trazendo para seu mainfloor profissionais escolhidos a dedo, com propriedade sobre o que fazem e que são capazes de elevar o grau de psicodelia de uma pista a níveis altíssimos. Foi o que aconteceu e a pista, por si só, se tornou um dos pontos altos do festival.

A produção do palco da Cosmic Stage 2018 ficou com o projeto Vimana. A pista contou também com elementos de decoração de Biomega, clássico land art de DjalusArte Beta e o selo-Pulsar da Free Optics, quem também desenhou e produziu a tenda, junto com Amanda Vicente. A bioconstrução da tenda foi realizada por Spankartz, com a colaboração de Felipe Almeida Fioravante & Matheus Pace. 

{ Conheça melhor a arte do Djalus através do nosso ciclo de entrevistas com cenografistas: Djalus – Decoração & Bioconstrução Nacional}

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Da mesma forma, o Chill Out (Molecular Stage), além de refúgio necessário para restauradoras horas de descanso, foi também o palco de transcendentes viagens sonoras por meio de diferentes frequências e vertentes musicais.

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Além disso, o festival contou com uma rica programação na área de cura (Quantum Stage), que foi desenhada pelo Juliano Cenci. Tive a oportunidade de contribuir com uma vivência de Sagrado Feminino com argila para mulheres (Experimento Biocêntrico) e, através dela, evidenciar e fortalecer a energia feminina pulsante que envolve o cenário eletrônico, sendo este, inclusive, um aspecto diferencial do Pulsar, um dos poucos produzido por uma mulher. Recentemente tive a oportunidade de conversar com ela e com outras mulheres da cena,  numa matéria que reflete sobre o papel da energia feminina dentro da cultura Trance. Você pode conferir o que elas falaram aqui:

A Energia Feminina no Trance

></a>Fotografia: <strong><a href=Gemeos VB Fotografia

O cuidado com o público era visível na organização do evento e se expressava também através de banheiros limpos constantemente, na presença de uma cozinha comunitária e de uma praça de alimentação que, apesar de conter opções de preços não tão acessíveis, oferecia porções bem servidas da gostosa comida mineira em um valor mais em conta, bem como possuía um restaurante self service sem peso do qual duas pessoas podiam se alimentar bem por um bom preço, caso dividissem o prato.

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Como se não bastasse, ainda havia uma cachoeira com 100m de queda d’água visível de diferentes pontos do festival e que para nela banhar-se, bastava caminhar por cerca de 3 minutos!!!

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Tão importante quanto todos esses fatores essenciais na criação e construção de um encontro especial como esse foi, talvez o mais significativo seja a capacidade humilde de identificar os próprios erros com o fim de superá-los na edição seguinte e, conforme escutei de participantes que caminham com o festival desde o começo, é algo que o Pulsar consegue fazer com competência, corrigindo o que não funcionou e desenvolvendo o que deu certo, crescendo e evoluindo, assim, de forma rápida (esta é apenas a 4ª edição!), orgânica e pulsante.

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Se gostou dessa matéria, pode te interessar a resenha da edição 2017,
com todos os detalhes da montagem e do que rolou:

Pulsar Festival 2017 – Um concerto musical psicodélico alienígena