~ Uma análise do Tarot ~
Na carta A Roda da Fortuna (também conhecida como “A Roda das Ilusões“), vemos 3 seres místicos sobre uma grande roda de seis raios. Na figura, vemos no topo da roda um ser alado que parece estar contemplando outros dois – um de cada lado da roda – onde um ser desce, enquanto o outro sobe.
Através desse arquétipo entendemos que na vida, tudo muda constantemente. É a representação dos altos e baixos de nossa jornada, nos lembrando continuamente que nada é fixo e que é sempre bom entendermos que, não importa se a situação é boa ou ruim, “isso também irá passar”.
Por meio desse entendimento, a vida flui em sua constante espiral onde, no centro da Roda, você deve estar. Quem descortina essa consciência, deixa de sofrer com as mazelas da Roda da Fortuna…passa a contemplar seu movimento de dentro para fora, e assistir esse ‘’passar do tempo’’ como um presente divino que ilumina a vida, em vez de deixar-se tonto, tentando freá-la. Sendo assim, apesar dos pesares, através da Roda da Fortuna podemos confirmar que a sorte sempre estará do nosso lado, se não hoje… amanhã ela virá.
Ele constata que o chão onde tinha grama, vira lama após a euforia passar… às vezes fica lixo… as vezes, pessoas a limpar.
Mas, também tem a propriedade de se recriar…e assim é a vida. A grama há de crescer de novo, mais verde e mais forte. Aquele que não tinha oportunidade de mostrar o seu trabalho, com a decadência ou exclusão de outros, acaba por se sobressair…
No entanto, é bom que ele saiba que sempre haverá uma hora de subir, e outra de cair. A Roda da Fortuna traz o declínio e junto com ele, as oportunidades de crescimento e vice-versa.
Nosso querido Louco aprende que não se deve subestimar, nem superestimar nada, nem ninguém. E dessa forma, meio torta, aceitar o desapego como uma dádiva, que o liberta do lado cruel e opressor dessa Roda das Ilusões e o torna um ser afortunado, com sabedoria suficiente para compreender que no centro da Roda existe um eixo, e é nele que devemos nos estabilizar.
Na aceitação dos fatos, na contemplação dos altos e baixos, o Louco coloca-se no centro da sua Roda… e, da perspectiva do eixo, nada do que acontece ao seu redor destruirá o seu real equilíbrio, muito menos sua essência.
Respirando fundo nosso camarada caminhante encontra a paz no meio desse turbilhão, pois agora ele sabe… Esse movimento sempre existiu e sempre existirá.
“Isso também irá passar!”
E não há motivo para se abalar. Se subiu que bom! Tente manter-se o máximo possível por lá… Se caiu, faz parte! Uma hora a sorte há de voltar.